A psicanálise é uma ciência, originalmente concebida por Sigmund Freud no final do século XIX e início do século XX e desenvolvida por ele, além de diversos outros autores que contribuíram para o avanço teórico e clínico da psicanalise.
Na prática, a psicanálise pode ser entendida como:
– Uma disciplina cientifica que abrange um conjunto teórico sobre o funcionamento mental
– Um método de investigação desse funcionamento
– Um método de tratamento, ou seja, uma terapêutica.
O termo “psicanálise” significa, literalmente, dividir a mente em partes, ou seja, nos seus elementos constitutivos e nos seus processos dinâmicos, a fim de que sejam analisados.
A psicanálise propõe que muitos dos nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos são moldados por desejos e experiências que estão fora da nossa consciência.
Nessa forma de trabalho, busca-se a compreensão dos processos inconscientes que influenciam o pensamento e comportamento humano, além da observação e manejo da experiência emocional presente.
A principal ferramenta da psicanalise é a comunicação verbal, mas não apenas. Por isso, esse é um trabalho que precisa ser realizado por um profissional bem treinado, atento e que ofereça uma atmosfera propicia a qualquer comunicação (verbal ou não).
É importante destacar que é uma atividade eminentemente colaborativa entre paciente e psicanalista, e que a relação que se desenvolve também é objeto de trabalho para a dupla.
A psicanálise tem como método de trabalho a livre associação de ideias por parte do cliente, no qual o mesmo é convidado a falar livremente sobre seus pensamentos, sentimentos, fantasias, desejos, imagens e sonhos, assim como as associações que lhe ocorrem a partir desses elementos.
O psicanalista, com sua escuta especializada e atenção flutuante, adota uma atitude neutra enquanto o paciente se expressa. De tempos em tempos, quando sentir ser necessário, o analista apresenta ao paciente alguma ideia ou interpretação que o faça observar determinadas conexões entre fatos e aspectos de sua vida mental que até então não havia percebido. Essas observações passam a ser objeto de reflexão tanto para o paciente quanto para a dupla paciente-analista.
Assim, o psicanalista busca interpretar esses conteúdos a fim de revelar algo que seja útil ao cliente, buscando contribuir com a formação de insights, além de uma ampliação em sua capacidade de pensar.
Espera-se que essas intervenções não apenas ajudem o paciente na melhora de seus sintomas, mas também traga um maior desenvolvimento de suas capacidades afetivas, relacionais, mentais, intelectuais, criativas, comunicativas entre outros tantos benefícios, o que tente a promover uma verdadeira expansão mental.